Eu vou te contar uma história,
Foi Jesus quem me ensinou,
De um pai e seus filhos
Com quem tudo começou.
O mais moço pediu a sua herança
Porque queria pelo mundo andar
E o pai repartiu, sem esperança
De o filho reconsiderar.
Poucos dias depois o moço partiu
Não se lembrou dos conselhos que ouviu.
Inexperiente, gastou, jogou e bebeu
{Desperdiçou pelo caminho tudo o que
recebeu.} (bis)
Quando nada mais tinha, perdeu o sossego
Teve que arrumar um emprego.
Sem casa, comida, só com a roupa do corpo
Só conseguiu ter tratador de porco.
Mas nosso amigo ainda estava mal,
Tinha frio e uma fome tal
Que dos bichos impuros tinha inveja
danada
Queria até a comida dos porcos, mas nem
isso o patrão lhe dava.
Esse, para os judeus, era o pior
trabalho,
Ele chegou ao fundo do poço sem precisar
de atalho.
É a dor...
A dor amigo que nos faz pensar
E nossas atitudes reconsiderar.
Uma noite, já cansado, após muito sofrer
Pensou no seu pai, ao adormecer,
Lembrou então que o velho senhor
Tratava a todos com muito amor.
- Por que devo passar privação,
Se na casa de meu pai nem os servos ficam
sem pão?
O rapaz não ficou parado
Ante tal indagação
Deixou os pensamentos de lado
E pôs-se logo à ação.
E para casa foi voltando
Queria então se desculpar
Por tudo o que fez de errado
E sua vida consertar.
- Não precisa, pai, me perdoar.
Não mereço mais ser seu filho
Deixe-me só aqui trabalhar.
Mas o pai o viu chegando
Pois estava esperando
Um dia o filho voltar,
Foi correndo ao seu encontro
Com muita alegria
Para o abraçar e beijar.
O filho disse o que queria
E o pai cheio de energia
Chamou os servos e falou:
- Tragam já a melhor roupa,
Um anel e as sandálias
Para o meu filho calçar
Preparem um banquete
Pois vamos comemorar.
O pai fazia tanta festa
Cheio de contentamento
Pois a volta do seu filho
Era um acontecimento.
- Porque este meu filho
Estava morto e reviveu,
Eu o tinha perdido
E ele agora apareceu.
Porém um pouco adiante,
O filho mais velho chegou
E ficando mais distante
Grande ciúme demonstrou.
O bondoso pai... intercedeu
E o primogênito se enfureceu.
- Eu sempre fiz sua vontade
Lhe sirvo fiel e manso
E você nunca comemorou.
Vem agora o meu irmão
Falha em tudo sem descanso
E você o compensou
De novo o pai, sempre amoroso,
Tentou falar ao invejoso
Que os ama igualmente
Sem distinção
Sua justiça é perfeita
Tem reação à obra feita
Mas a alegria
Não os isenta da reparação.
O importante é retornar,
As nossas condutas reavaliar.
Não é bonito irmão julgar irmão
A avaliação é da própria consciência
Mas o bom pai usa de indulgência,
Misericórdia, justiça e perdão.
Não há falta,
Por maior que seja,
Que não se possa reparar.
Também não há mancha
Que de tão fixa
Não possamos apagar.
Então Jesus ensina
Que Deus, nosso Pai,
Sempre é justo e bom.
Sua Justiça é perfeita
Tem reação à obra feita
Mas o arrependimento
Não nos isenta de reparação.
E, aqui na terra,
Se mal eu agi,
Tenha nova chance de me redimir.
Através da reencarnação,
Lei Divina e imutável,
Posso me esforçar
E ter nova existência
{Com comportamento impecável.} (bis)